Diretor: José Tomaz Gomes | Editor: AECOPS
27 de Abril de 2018 às 15:17:54
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Em 2017 foram transacionados em Portugal 23,7 mil alojamentos novos no montante de 3,8 mil milhões de euros, com o valor médio por transação a atingir os 162 mil euros.
Neste período, a recuperação do mercado imobiliário foi liderada pelas regiões de Lisboa e do Alentejo, com base nas transações de fogos em segunda mão e com uma forte componente de investimento e procura externa.
Os números e conclusões, que constam da análise efetuada pela AECOPS ao comportamento do mercado imobiliário residencial em 2017, detalhando a evolução das vendas de alojamentos novos e em segunda mão e a distribuição e dinâmicas regionais do mercado imobiliário, revelam uma sensível recuperação nas vendas de alojamentos novos no mercado imobiliário face ao ano anterior, com um acréscimo de 10,0% em número e um aumento de 14,0% no valor total das transações.
“Estas evoluções traduzem-se numa variação positiva do preço médio de venda dos alojamentos novos, de 157 mil € para 162 mil € por fogo (+3,6%). Ainda assim, comparando as vendas observadas em 2017 com as de 2010, constata-se uma acentuada quebra no volume de transações, correspondendo a aproximadamente menos 23,3 mil casas vendidas e a uma redução de 46% em valor, equivalente a -3,3 mil milhões de euros”, lê-se no documento recentemente divulgado pela Associação que “ a manutenção de crescimentos significativos das vendas no futuro próximo”.
Crescimento forte no mercado de “usados”
A Associação constata também que as vendas no imobiliário residencial em segunda mão continuam a crescer de forma acelerada e sustentada desde 2012, como resultado de um aumento da procura, em larga medida de investidores internacionais e de estrangeiros que procuram residência, e que se traduz num incremento continuado dos preços de venda. Tendo em conta o contexto internacional perspetiva-se a consolidação desta tendência nos próximos anos.
De um ponto de vista estrutural, verifica-se um aumento significativo da relevância dos fogos “não novos” no conjunto das transações do mercado imobiliário. De facto, em 2010 o número desses fogos vendidos correspondia a 64% do total do mercado e a 54% do valor. Em 2017 esses rácios aumentaram, respetivamente, para 85% e 80%. As transações de fogos em segunda mão mantêm-se, assim, como motor da recuperação do mercado imobiliário residencial, conclui a AECOPS.
Distribuição e dinâmicas regionais
Em 2017 e em termos agregados, as vendas na região de Lisboa atingiram os 9,3 mil milhões de euros (48% do total nacional), seguindo-se a região Norte com 4,4 mil milhões de euros (23%), o Centro e o Algarve com cerca de 2,2 mil milhões de euros cada (12%), o Alentejo com 675 milhões de euros (3,5%), a Madeira com 342 milhões de euros (1,8%) e, por fim, os Açores com 195 milhões de euros (1,0%).
Os preços de venda são superiores à média (que se situava nos 126 mil euros por fogo) nas regiões de Lisboa (174 mil euros) e do Algarve (153 mil euros) e substancialmente abaixo da média no Alentejo (78 mil euros), no Centro e nos Açores (83 mil euros) e no Norte (98 mil euros). Na região autónoma da Madeira, o preço médio de transação foi de 122 mil euros em 2017.
Quando olhamos a dinâmica regional face ao ano anterior é de referir que se verificaram crescimentos em todas as regiões do país, mas foi a região de Lisboa a que apresentou a evolução mais positiva (+34% em valor), seguida do Alentejo, com um aumento de 30% no valor total transacionado. A região da Madeira foi a que registou a variação menos intensa face a 2016, +24%. Num horizonte mais alargado, comparando 2017 com 2010, apenas as regiões do Centro, do Alentejo e dos Açores apresentam evoluções negativas (-5%, -3% e -23% respetivamente).
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