Diretor: José Tomaz Gomes | Editor: AECOPS
08 de Fevereiro de 2010 às 14:57:18
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A FEPICOP-Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas realiza amanhã uma conferência de imprensa destinada à apresentação do balanço da actividade.
A FEPICOP-Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas realiza amanhã uma conferência de imprensa destinada à apresentação do balanço da actividade do sector da Construção e Obras Públicas no ano findo, considerado um dos piores de que há registos estatísticos, e as perspectivas para 2010, que se revelam muito preocupantes, apesar do significativo contributo que este sector pode dar para o relançamento da Economia e a diminuição do desemprego.
No encontro com os jornalistas serão divulgados os números que espelham a evolução que a Construção terá registado em 2009 e que reflecte a pior crise que o Sector já conheceu nas últimas décadas, bem como o panorama expectável no corrente ano, conhecidas que são a maior parte das condicionantes da sua actividade e a conjuntura macro económica.
O destaque vai, desde logo, para o agravamento no ano transacto da situação difícil que o Sector atravessa em consequência, é certo, da crise financeira mundial que se iniciou em 2007 e que atingiu todos os agentes económicos, mas também de outras causas resultantes de opções que tardam a feitas e que afectam profundamente a economia nacional.
A quebra do investimento em Construção, os seus reflexos no desemprego, - que será nos próximos tempos um dos mais graves problemas do País – as dificuldades no acesso ao crédito pelas empresas e pelas famílias e a redução da produção de habitação são alguns dos aspectos a abordar na referida conferência de imprensa, em que participarão o Presidente da FEPICOP, Engº Ricardo Pedrosa Gomes, e os Vice-Presidentes, Engº Manuel Reis Campos, Dr. Filipe Soares Franco e Engº José Lampreia.
A análise da FEPICOP, para além de enquadrar a actividade do Sector no contexto económico global, centra-se numa análise precisa do seu comportamento nos vários segmentos que o compõem – Habitação, Não Residencial, Engenharia civil – e nos principais factores que o influenciam.
Na Habitação, por exemplo, a crise que já se fazia sentir de forma muito intensa, tomou proporções ainda maiores durante 2009 e terá conduzido a uma quebra sem precedentes no investimento.
Os Edifícios Não Residenciais registaram igualmente uma evolução negativa, não obstante o reforço do investimento público em alguns tipos de obras, como as escolas.
A Engenharia Civil foi o único segmento a apresentar uma evolução positiva da sua actividade, embora condicionada por diversos problemas de entre os quais avulta o da recusa do visto pelo Tribunal de Contas às novas concessões rodoviárias.
Por todos estes factores, a FEPICOP manifesta-se muito preocupada com a evolução que o Sector deverá conhecer em 2010, sendo certo que o aumento do desemprego na Construção é possivelmente o maior de todos os sectores em Portugal e não é fácil aos desempregados oriundos desta actividade encontrarem colocação noutras áreas.
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