Diretor: José Tomaz Gomes | Editor: AECOPS
29 de Fevereiro de 2012 por Lurdes Neto às 10:44:07
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Com uma quebra homóloga, em janeiro, de 77,3% no valor dos concursos públicos promovidos, o mercado das obras públicas está, inequivocamente, a atravessar um período de forte abrandamento.
A este indicador, soma-se a redução de 55,7%, em valor, dos procedimentos adjudicados, e que mostram a evolução negativa de um segmento que ainda conseguia imprimir alguma dinâmica ao setor da Construção.
Mas também a construção nova de edifícios, particularmente os residenciais, continua a testemunhar a fraca atividade do Setor. Em dezembro último e pela primeira vez, registou-se o licenciamento de menos de mil fogos num mês, traduzindo uma quebra de 42% face ao período homólogo. Na totalidade do ano, foram licenciados 16.737 fogos, - 32,2% face a 2010.
Procura insuficiente em todos os segmentos
Os dados constam da última análise de conjuntura da FEPICOP, segundo a qual a tendência de quebra de atividade no Setor se agravou em janeiro, com o indicador de confiança a cair 12,4% e o nível da carteira de encomendas, em queda há 44 meses consecutivos, a baixar 8,3%, em termos homólogos trimestrais.
A procura insuficiente é a principal condicionante à atividade apontada pelos empresários do Setor, que veem piorar, cada vez mais, a situação financeira das suas empresas. A propósito, refira-se que, em novembro e segundo o Banco de Portugal, o crédito às construtoras foi inferior em 1,1 mil milhões de euros ao concedido em igual período do ano anterior.
Sector perdeu 36 empregos por dia
Em linha com a informação recentemente divulgada pelos organismos públicos - que dão conta, de uma diminuição, no 4º trimestre de 2011, de 23 mil postos de trabalho no Setor e, ao longo do ano findo, de um aumento do número de desempregados oriundos da Construção, correspondente, a uma média de 36 novos desempregados por dia -, o indicador relativo às perspetivas de emprego apresenta, no trimestre terminado em janeiro, uma redução de 12,8%, em termos homólogos.
Por fim, em janeiro de 2012, os dados da Comissão Europeia indicam uma degradação da confiança dos empresários nacionais, mais pessimistas que os seus congéneres europeus, o que se deve a reduções muito violentas de encomendas em carteira.
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