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Construção pode crescer 2,5% em 2016

04 de Fevereiro de 2016 às 15:49:51

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Economia

Embora 2016 se apresente como um ano de grande incerteza em termos macroeconómicos, o setor da Construção deverá registar um crescimento em redor dos 2,5% em termos reais.

A previsão é da AECOPS e segue-se à estimativa de uma produção do Setor, em 2015, de cerca de 11,4 mil milhões de euros, correspondendo a uma variação real de 3%.
No balanço que faz da atividade da Construção em 2015, a Associação aponta o comportamento do segmento residencial, com o aumento da procura global no segmento imobiliário à escala europeia, em particular por grandes fundos de investimento e investidores institucionais, como o principal motor do desempenho alcançado.
Em 2015, a produção no segmento Residencial atingiu os 2,7 mil milhões de euros e aumentou 5,0%, a primeira evolução positiva dos últimos 14 anos. De referir no entanto que, apesar do crescimento de 5%, o volume de produção continua muito reduzido, nomeadamente, 6% e 38% abaixo, respetivamente, dos níveis de 2013 e 2011: em 2015, a produção no segmento Residencial ficou 1,7 mil milhões de euros abaixo do nível de 2011, um ano negro na construção residencial.
A produção nos trabalhos de manutenção e reabilitação, por seu turno, atingiu em 2015 os 970 milhões de euros e cresceu 8% face ao ano anterior, o valor mais elevado dos últimos seis anos.
A produção no segmento dos edifícios não residenciais ultrapassou ligeiramente os 3 mil milhões de euros e aumentou 5,1% em relação a 2014, marcando este ano um ponto de viragem, pois correspondeu ao primeiro ano com uma variação positiva desde o início da crise financeira internacional.
O investimento privado não residencial atingiu os 1,9 mil milhões de euros, correspondendo a uma variação de 7% face a 2014 e o não residencial público superou ligeiramente os 1,1 mil milhões de euros, mais 2% que o ano anterior.
No período em análise, o volume de produção na Engenharia Civil atingiu os 5,6 mil milhões de euros, um valor nominal idêntico ao de 2014, mas que, em termos reais, representa um acréscimo real de 1%, considerando uma provável redução de 1% no índice de custo de construção das empreitadas.
Para 2016, as perspetivas para a evolução da atividade da Construção são positivas, embora um pouco mais moderadas do que em 2015. 
Admitindo, por um lado, a continuação do dinamismo no mercado imobiliário e, por outro, que os fundos comunitários inscritos no Portugal 2020 podem ser mobilizados atempadamente, as previsões para 2016 apontam para um volume total de produção na Construção de 11,7 mil milhões de euros, representando um aumento de 2,5% face a 2015 e um crescimento acumulado de 5,6% em dois anos, com a manutenção da tendência de evolução favorável em todos os segmentos de atividade: variação de +4,0%, +3,1% e +1,5%, respetivamente, nos segmentos Residencial, Não Residencial e Engenharia Civil.  
As previsões da AECOPS apontam para um crescimento do segmento da construção Residencial em redor dos +4,0%. A componente deste segmento que se espera que venha a revelar um maior dinamismo é a dos trabalhos de reparação/reabilitação, com uma evolução de +6,9%, enquanto a da construção nova de habitação deverá crescer 2,4%, em termos reais.
 O segmento da construção Não Residencial voltará a registar um crescimento da sua produção em 2016 (+3,1% em volume), essencialmente assente no desempenho favorável da sua componente privada (+4,0, em termos reais), já que a evolução da produção de edifícios não residenciais públicos deverá ser mais moderada, em redor de +1,5%.
À semelhança do estimado para 2015, também as previsões para 2016 apontam o segmento da Engenharia Civil como sendo o menos dinâmico do Setor, com um crescimento do volume da sua produção em redor de +1,5%, beneficiando da execução de investimentos ao abrigo do Programa Portugal 2020.

 

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