O evento divulgou os principais resultados do projeto alcançados ao longo dos últimos 3 anos, tendo reunido perto de 100 representantes dos vários quadrantes do Setor.

No discurso de abertura, Sílvia Garcia, da ANI - Agência Nacional de Inovação, salientou a importância do Programa Mobilizador na internacionalização das empresas, com enfoque no setor AEC, e como a criação de novos Produtos, Processos e Serviços (PPS) ajuda a colmatar as lacunas em termos de competitividade. Recorde-se que os principais objetivos do projeto são a melhoria da competitividade e o crescimento sustentável do setor da Construção, assim como o seu alinhamento estratégico a nível europeu.

A apresentação dos resultados dos diferentes Grupos de Trabalho foi precedida pela intervenção de João Poças Martins (BUILT CoLAB), que abordou os desafios a que as equipas deram resposta e mostrou o trabalho desenvolvido nesse sentido. 

Francisco Reis (BIMMS), João Vaz da Silva (3Maps), João Moutinho (BUILT CoLAB), Joel Oliveira (Universidade do Minho) e Noel Leitão (Teixeira Duarte) foram os principais porta-vozes das equipas de trabalho, e mostraram o desenvolvimento de ferramentas que permitem uniformizar e sistematizar as regras para a digitalização na Construção, assim como a criação de aplicações que promovem a digitalização dos processos construtivos, contribuindo para a produtividade das empresas. Demonstraram ainda que o projeto contribuiu também para a implementação do conceito de “Digital Twin” (Gémeo Digital) em diversas operações de construção e manutenção de edifícios e infraestruturas, recorrendo a investigação em áreas digitais como Realidade Aumentada, Sensorização, Digitalização 3D, Ciência de Dados, Machine Learning ou IoT.

A metodologia BIM foi um dos vários tópicos de discussão no painel de debate moderado por João Moutinho (BUILT CoLAB,) que juntou Francisco Reis, da BIMMS, Laura Caldeira, do LNEC, Luís Gomes, da Mota Engil, Rita Moura, da Teixeira Duarte, e Sérgio Laranjeira, do Grupo Casais. Neste debate refletiu-se sobre as vantagens do REV@CONSTRUCTION para o futuro do Setor, havendo um consenso em torno da importância que estas iniciativas financiadas têm, ao darem impulso às empresas para encontrarem soluções que as tornem mais competitivas. Mas também se discutiu o papel que o Estado tem na implementação de medidas que agilizem o processo de digitalização de forma transversal, sobretudo na obrigatoriedade de submissão de projetos em BIM para sua aprovação. Foi também possível perceber que os vários interlocutores acreditam que os produtos, processos ou serviços desenvolvidos terão grande impacto no Setor e que estes esforços serão, sem dúvida, rentabilizados.

Já no discurso de encerramento, Manuel Maria Teixeira Duarte referiu que “na base destes desenvolvimentos terá de estar quase sempre a metodologia BIM”. E prosseguiu dizendo que “o BIM é a principal metodologia com que ambicionamos obter informações valiosas para a tomada de decisões e uma gestão eficiente, resultando em melhor desempenho e eficácia no âmbito da engenharia e construção”.

Por fim, o presidente do conselho de administração da Teixeira Duarte resumiu este projeto, enaltecendo o trabalho colaborativo de todos os envolvidos “para protagonizar avanços na transformação digital do setor da Construção em Portugal”. Este responsável disse ainda acreditar que “este projeto mobilizador tem o poder de influenciar toda a cadeia de valor da Construção e democratizar o acesso às metodologias digitais numa escala nunca vista no nosso Setor.”

O REV@CONSTRUCTION, cofinanciado pelo COMPETE 2020, LISBOA 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, teve como princípio base a concretização da Transformação Digital das empresas do setor AEC. 

Através de diversas iniciativas integradoras, transversais e estruturantes, envolvendo entidades representantes de todo o Setor e outras de referência ao nível da I&D, o projeto REV@CONSTRUCTION pretendeu mobilizar o Setor AEC para a Revolução Digital.

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