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Oferta de arrendamento duplicou e rendas caíram 9,4% em Portugal no primeiro trimestre

07 de Abril de 2021 às 17:31:05

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Notícias

O preço médio de venda de imóveis em Portugal registou um aumento de 17,4% no primeiro trimestre de 2021, face a igual período do ano passado, enquanto o stock disponível para venda aumentou 87,8%.

No entanto, e face à atual crise que o setor do turismo atravessa, a oferta de casas para arrendar mais do que duplicou até março deste ano, quando comparado com igual período do ano passado, atingindo uma subida de 101,1%, embora o preço médio das rendas tenha recuado 9,4%.
No segmento não residencial, as novas tendências impulsionadas pela pandemia, como o teletrabalho, forçaram os preços dos escritórios a recuar e, em sentido inverso, a oferta disponível para arrendamento a registar aumentos de até 34,5%.
Estas conclusões decorrem do relatório de análise do mercado relativo ao primeiro trimestre de 2021 divulgado hoje pela Casafari, plataforma de tecnologia de dados imobiliários, com destaque para os distritos de Lisboa, Porto e Faro, e uma análise geral da evolução dos preços de venda e arrendamento, por distrito. O relatório apresenta ainda uma análise ao segmento não residencial, com destaque para os escritórios, nos primeiros três meses deste ano.
O relatório conclui que, no primeiro trimestre de 2021, apesar da situação de pandemia, os preços do imobiliário no segmento residencial continuaram resilientes em Portugal, com os preços de venda a apresentarem um crescimento gradual. 
Esta análise revela, pois, dados sobre o setor imobiliário em Portugal, no que se refere ao mercado de compra e arrendamento de apartamentos no país, e o impacto da pandemia ao longo dos primeiros três meses deste ano. De entre as principais conclusões, destacam-se as que se seguem.

Preço médio de venda subiu em (quase) todo o País

Todos os distritos, à exceção de Viseu, que registou uma quebra de 0,88%, assistiram a um aumento dos preços médios no período em análise. Destaca-se o distrito de Braga, a registar a maior subida, com um crescimento de 18,6%, e Aveiro, com uma subida de 15,2%. Lisboa continua a ser o distrito com o preço médio de venda mais elevado: 353 mil euros.
O stock de imóveis disponíveis para venda aumentou 87,8% em Portugal no primeiro trimestre de 2021, com Castelo Branco a ser o único distrito a registar uma quebra, enquanto que o número de imóveis disponíveis para venda em Lisboa mais do que duplicou ao disparar 166,6%.
No que toca ao arrendamento, o stock disponível em Portugal duplicou no primeiro trimestre de 2021 face ao período homólogo, e aumentou 20,3% face ao trimestre anterior, com todos os distritos a registarem aumentos do número de imóveis disponíveis para arrendar.
Devido à crise no turismo, as rendas diminuíram 9,4% em Portugal no primeiro trimestre de 2021, com o preço médio de arrendamento a situar-se nos 842 euros. De salientar que Beja foi o distrito com o maior aumento de rendas (40,4%), enquanto Lisboa viu o preço médio da renda recuar 15,5%.

Oferta de venda e arrendamento aumenta em Lisboa

No que diz respeito à venda de imóveis, em geral, registou-se um aumento da oferta disponível no distrito de Lisboa. As tipologias T2 e T3 foram as que apresentaram o maior crescimento da oferta disponível, seguindo-se da tipologia T1. Relativamente ao preço médio de venda, das três tipologias analisadas, a tipologia T1 destacou-se por ser a única a registar um aumento.
No arrendamento verificou-se também um aumento generalizado da oferta disponível. A tipologia T3 foi a que apresentou o maior crescimento (44,9%), seguindo-se a tipologia T2 e, por último, a T1. Em relação ao preço médio de arrendamento, a tipologia T3 foi a única, das três tipologias analisadas, que apresentou um aumento.
Os concelhos de Lisboa, Cascais e Oeiras destacam-se como os mais caros da Grande Lisboa, tanto a nível de preços médios de venda, como em termos de preços médios de arrendamento.

Porto, Matosinhos, Póvoa de Varzim e Maia com os preços mais elevados 

A oferta disponível para venda no Porto registou um aumento generalizado. A tipologia T1 foi a que apresentou o maior crescimento da oferta disponível (13,9%), seguindo-se a tipologia T2 e a tipologia T3. Nas três tipologias analisadas, o preço médio de venda verificou um decréscimo, entre os 0 e os 3%.
No arrendamento, o Porto registou igualmente um aumento da oferta disponível. A tipologia T2 foi a que apresentou o maior crescimento da oferta disponível (15,8%), seguindo-se a tipologia T1 e, posteriormente, a tipologia T2. Quanto ao preço médio de arrendamento, a tipologia T1, das tipologias analisadas, foi a única a registar um decréscimo, de 0,6%.
Porto, Matosinhos, Póvoa de Varzim e Maia são os concelhos que apresentam preços médios de venda e de arrendamento mais elevados.  

T3 com mais oferta em Faro 

A sul, no distrito de Faro, verificou-se um aumento da oferta disponível nos apartamentos para venda. A tipologia T3 foi a que apresentou o maior crescimento da oferta disponível (17,5%), seguindo-se a tipologia T1 e a tipologia T2. Relativamente ao preço médio de venda, este variou entre os 0 e os 2% nas três tipologias analisadas.
A nível de arrendamento, registou-se um aumento da oferta disponível nas três tipologias analisadas. A tipologia T3 foi a que apresentou o maior crescimento da oferta disponível (21,1%), seguindo-se a tipologia T2 e, por último, a tipologia T1. Em relação ao preço médio de arrendamento, a tipologia T2 foi a única que apresentou um decréscimo.

Preços quebram no segmento Não Residencial

Em Lisboa verificou-se um aumento da oferta disponível nos escritórios para venda (13,6%) e para arrendar (18,6%). No entanto, os preços de venda registaram uma quebra de 1.7%. Já no Porto, registou-se um aumento da oferta disponível nos escritórios para venda (3,1%) e para arrendar (18,1%), contudo, os preços de venda registaram uma quebra de 0,3%. Por último, em Faro verificou-se um aumento da oferta disponível nos escritórios para venda (12%) e para arrendar (20,8%), enquanto os preços de venda registaram uma quebra de 11,2%.

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