21 / Março / 2023

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Mota-Engil fecha 2022 com faturação recorde de 3,8 mil milhões de euros e prevê crescer 20% em 2023

02 de Março de 2023 às 16:45:14

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O Grupo Mota-Engil registo, em 2022, um crescimento de 47% da atividade o que lhe proporcionou uma faturação de 3,804 mil milhões de euros, antecipando assim em quatro anos a data prevista para atingir tal valor previsto, de acordo com o Plano Estratégico em vigor.

Para este resultado contribuíram “os contratos recentemente adjudicados e que se iniciaram este ano (…), num registo que foi fortemente impactado pelo crescimento de 69% registado no segundo semestre do ano, afirma a empresa em comunicado. 
A par do crescimento do volume de negócios, o desempenho operacional foi positivo ao nível das margens, o que permitiu atingir um valor de EBITDA de 541 milhões de euros, “superando pela primeira vez na sua história o marco de 500 milhões de euros”. Estes resultados são acompanhados por um crescimento “muito relevante do cash-flow proveniente das operações, no valor de 608 milhões de euros (uma melhoria de 47% face ao homólogo), o que contribuiu decisivamente para a redução de 17% da dívida líquida (-186 milhões de euros), que se situava em dezembro em 939 milhões de euros, consolidando uma tendência que permitiu reduzir mais de 300 milhões de euros em dois anos”, acrescenta-se no referido comunicado. 
Com o crescimento operacional, foco na rentabilidade e melhoria do desempenho financeiro, o Grupo apresentou no final de 2022 uma melhoria do rácio de dívida líquida / EBITDA para 1,7x, objetivo previsto ser alcançado em 2026. 
A par do desempenho operacional e financeiro, o Grupo assegurou em 2022 “o melhor desempenho comercial da sua história, ao atingir níveis recorde de angariação comercial, essencialmente nos designados Core Markets, onde se destacam México e Angola, e assim obter uma carteira de encomendas de 12,6 mil milhões de euros, ou seja, mais do dobro face a 2020.

Desempenho por áreas de negócio 

Relativamente ao desempenho por área de negócio, merece destaque o crescimento anual de 57% no negócio de Engenharia e Construção (E&C), resultado do crescimento de 79% no segundo semestre (atingindo um valor superior a dois mil milhões de euros de produção), impactado pelo crescimento em África e América Latina. 
Assim, e analisando o negócio de Engenharia e Construção, verifica-se que, na Europa, a atividade reduziu 16%, para 510 milhões de euros, impactada pela alienação do negócio na Irlanda & UK no primeiro semestre e pela estratégia de redução de exposição à Polónia (-30% YoY), em virtude do conflito na Ucrânia. Isto, apesar do crescimento de 5% no mercado português, que representou 72% da faturação no continente europeu. Ao nível do EBITDA, o Grupo obteve nesta área de negócio e região 40 milhões de euros (margem de 8%). 
Em África, o Grupo alcançou um crescimento de 44%, para 1.183 milhões de euros, com a grande maioria dos mercados a crescerem a dois dígitos, e com os negócios de E&C e de Serviços Industriais a crescerem 40% e 54%, respetivamente. Angola e Moçambique mantêm-se como os mercados de referência,. Outros mercados relevantes nesta geografia em 2022 foram a Nigéria, a Costa do Marfim, o Ruanda e a Guiné-Conacri. Na região, o EBITDA cresceu 30%, para 225 milhões de euros. 
Na América Latina, o Grupo Mota-Engil aumentou o seu volume de negócios em 145%, para 1.519 milhões de euros e um EBITDA de 146 milhões de euros, tornando-se a região que mais contribui para o volume de negócios do Grupo. O México, em particular, voltar a ser o maior mercado do Grupo em faturação (seguido de Portugal e Angola). Para o desempenho operacional foi determinante o crescimento de 197% no México e de 85% no Perú, os dois mercados mais relevantes na região da América Latina. 
No que respeita ao negócio do Ambiente, destaca-se o crescimento de 26% no volume de negócios, atingindo 556 milhões de euros, suportado essencialmente no crescimento da atividade internacional (+43%) e do segmento de Tratamento (+26%), alcançando esta área de negócio um EBITDA de 131 milhões de euros. 
Relativamente ao negócio de Ambiente, a Mota-Engil informou sobre a celebração de um Acordo com a URBASER, seu parceiro nesta área de negócio desde 1995, que permitirá ao Grupo adquirir a posição de capital de 38,5% detida até agora pelo seu parceiro, passando a ficar na posse da totalidade capital no negócio de recolha e de tratamento, o que permitirá, de futuro, promover autonomamente a sua estratégia de internacionalização. 
Por fim, a Mota-Engil Capital, que inclui os ativos fora do core de E&C e Ambiente, tais como os multisserviços e o imobiliário, apresentou uma diminuição de 26% no volume de negócios (total de 105 milhões de euros), influenciado pela venda de alguns ativos no primeiro semestre.
Desempenho Financeiro 
Ao nível financeiro, o Grupo Mota-Engil concretizou o seu Plano de Investimentos, com um CAPEX de 351 milhões de euros, 61% deste valor relacionado com investimento de crescimento e em contratos de médio e longo prazo. 
Ainda que com um reforço de investimento, natural em função do expressivo crescimento, o Grupo conseguiu reduzir a dívida líquida para 939 milhões, o menor valor consolidado nos últimos cinco anos, destacando-se a ainda a nível financeiro o aumento em 63 milhões de euros no Capital Próprio (+15%), contribuindo assim para a concretização plena dos objetivos estabelecidos para 2022 no Plano Estratégico (Building´26), a vigorar até 2026.

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