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Cimenteiras portuguesas comprometem-se com metas da neutralidade carbónica

30 de Março de 2021 às 16:50:30

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A ATIC, Associação Técnica da Indústria de Cimento, em conjunto com as suas associadas Cimpor e Secil, realizou a conferência “Cimentar o Futuro”, para apresentar o Roteiro da Indústria Cimenteira Nacional para a Neutralidade Carbónica 2050.

O Roteiro traduz o alinhamento da indústria cimenteira nacional com os compromissos e metas nacionais estabelecidos pelo Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 (RNC2050), bem como os assumidos por Portugal no contexto europeu e internacional, nomeadamente o Pacto Ecológico Europeu, através da incorporação de soluções tecnológicas inovadoras e sustentáveis, tendo em vista a descarbonização da indústria. Neste sentido, o documento apresenta a Abordagem “5C” (Clínquer, Cimento, Betão (Concrete), Construção, e (Re) Carbonatação), para sintetizar um conjunto de medidas destinadas ao cumprimento das citadas metas ao longo da respetiva cadeia de valor do cimento e do betão e, até, da Construção. Esta Abordagem 5C foi apresentada em 4 de junho de 2020, junto das principais instituições europeias em Bruxelas, para corporizar a estratégia da indústria cimenteira europeia rumo à descarbonização.
“A indústria cimenteira nacional e a ATIC, em particular, foram os primeiros a responder ao desafio que lançámos em 2016, quando o Governo assumiu o compromisso de alcançar a neutralidade carbónica até 2050”, um esforço que exigirá a Portugal “reduções de emissões superiores a 85% até 2050 e uma capacidade de sequestro de carbono, pelo uso do solo e florestas, de 13 milhões de toneladas de carbono por ano”, referiu o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, que marcou presença no evento, que contou ainda com a participação do ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, que saudou, por seu turno, o realismo da ATIC. “Ainda bem que os nossos produtores industriais estão conscientes dos desafios e estão a mobilizar-se para a mudança que é necessária. Este Roteiro para a Neutralidade Carbónica mostra que esta neutralidade é possível: a tecnologia está disponível nalguns níveis de maturidade muito diferenciados. É preciso continuar a fazer esforços ao nível da Investigação e Desenvolvimento, de investimentos em processos produtivos mais eficientes, na dotação do nosso País e de cada indústria em particular de acesso a fontes de energia renováveis, de possibilidades de utilizarmos outro tipo de energias nos próprios processos produtivos na indústria”, assinalou Siza Vieira. 
“Este é o compromisso público da indústria cimenteira com projetos concretos definidos com metas a dois tempos: o primeiro, com reduções significativas de 48% ao longo de toda a cadeia de valor em 2030, e, o segundo, atingindo a efetiva neutralidade carbónica em 2050”, assumiu o presidente do Conselho Executivo da ATIC e CEO da Cimpor, Luís Fernandes. 
“A indústria do cimento e do betão assumiu o compromisso de ser parte da solução. Para isso, precisamos de políticas públicas e reguladoras que garantam uma transição equilibrada. Esta transição não pode ser feita em benefício de uns e à custa de outros. Já vimos na Europa os problemas que tal pode trazer. Portugal não pode prescindir da pouca indústria que ainda tem”, alertou, por seu turno, o presidente da Associação, Gonçalo Salazar de Leite. 

O evento realizou-se em formato digital, podendo ser visionado aqui 
Aceda aqui ao Roteiro da Indústria Cimenteira Nacional para a Neutralidade Carbónica 2050 e aqui ao respetivo sumário executivo.





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