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Número recorde de projetos disputam o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2021

24 de Março de 2021 às 16:35:28

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O período de pré-candidaturas à edição 2021 do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana terminou na passada semana com um número recorde de projetos a concurso.

A edição deste ano do galardão do setor imobiliário registou 96 pré-inscrições, um número inédito ao longo das suas nove edições, em que a afluência máxima ocorreu em 2017, com 83 projetos a concurso, mantendo-se o nível em torno dos 80 projetos nas edições seguintes. 
Também a origem dos projetos é mais diversificada, contabilizando-se este ano intervenções localizadas em 23 concelhos, número que estabelece um novo recorde no histórico desta iniciativa. Lisboa, com 36 projetos, e Porto, com outros 26, são os principais palcos da reabilitação urbana, destacando-se este ano também Braga, com seis projetos, Matosinhos, com cinco, Guimarães, Viana do Castelo, Sintra e Gaia, todos com 2 projetos cada. De resto, concorrem projetos noutros 15 concelhos, incluindo Aveiro, Coimbra ou Loulé.
Entre os projetos pré-candidatos ao Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2021 incluem-se a reabilitação do World of Wine, em Gaia, do emblemático edifício do Diário de Notícias e do Palácio de São Roque, ambos em Lisboa, do Convento dos Capuchos, em Sintra, e da antiga Fábrica das Cerâmicas das Devesas, no Porto, e a requalificação do Norte Shopping (Matosinhos), do núcleo termal de São Pedro do Sul (Viseu) ou ainda do hotel Vila Galé, que reabilita a Coudelaria de Alter do Chão. 
Uma vez validada a conformidade dos candidatos com o regulamento, segue a fase de formalização das respetivas candidaturas, a qual encerra dia 12 de abril. 

Pandemia não travou a reabilitação

“Dados recentes mostram que a reabilitação urbana consolidou a sua atividade num ano com uma conjuntura tão inesperada como foi 2020 e o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana é, por isso, um excelente barómetro do pulso do mercado. Atingir em ano de pandemia um número recorde de projetos a concurso, e num leque mais abrangente de localizações, é a prova de que estamos perante um setor muito resiliente, que não baixa os braços perante a adversidade”, comenta António Gil Machado, diretor da iniciativa. Sobre a primeira parte deste comentário, refira-se que de acordo com o “pipeline” imobiliário apurado pela Confidencial Imobiliário a partir dos pré-certificados energéticos emitidos pela ADENE, em 2020 foram submetidos a licenciamento em Portugal Continental 4.610 projetos imobiliários resultantes de reabilitação, dos quais 85% (3.920) são de uso residencial. O turismo, o retalho e os equipamentos sociais agregam cerca de 200 projetos de reabilitação cada, enquanto os escritórios contabilizam cerca de 90 projetos de reabilitação em “pipeline” no País. Em 2020 foram submetidos a processo de licenciamento cerca de mais 350 projetos de reabilitação do que em 2019, ano em que o “pipeline” ascendeu a cerca de 4.260 projetos. Em termos de área, o “pipeline” de 2020 soma cerca de 1,9 milhões de m2, abaixo dos 2,0 milhões de m2 contabilizados em 2019 para os projetos de reabilitação.
Reportando-se de novo ao Prémio Nacional de Reabilitação Urbana, aquele responsável realça ainda “a qualidade dos projetos submetidos a concurso, incluindo algumas das principais intervenções de reabilitação a nível nacional, bem como obras que são estruturantes nos seus contextos locais”. 

Nove edições sempre a somar candidaturas 

O Prémio Nacional de Reabilitação Urbana reconhece anualmente projetos de reabilitação e requalificação urbana desenvolvidos em Portugal, tendo distinguido mais de 70 projetos desde a sua criação, em 2013. A concurso, desde então, estiveram já mais de 500 projetos, com o número de candidaturas a crescer, em média, 15% a cada nova edição. 
Assinala este ano a sua 9ª edição, aceitando a concurso projetos que tenham sido concluídos entre 1 de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2020 e que não tenham sido candidatos em edições anteriores do Prémio. 
A concurso estão dez categorias: 1) Cidade de Lisboa; 2) Cidade do Porto; 3) Impacto Social; 4) Residencial; 5) Turismo; 6) Comércio & Serviços; 7) Reabilitação Estrutural; 8) Restauro; 9) Intervenção inferior a 1.000 m2; 10) Sustentabilidade.
Os vencedores, a anunciar entre maio e junho, serão eleitos por um júri constituído por cinco personalidades das áreas de engenharia, arquitetura, economia e do imobiliário. O painel conta este ano com a estreia do professor e Coordenador do projeto “Reabilitar como Regra” Raimundo Mendes da Silva O Prémio na área da Sustentabilidade contará com a assessoria técnica da ADENE e e da Savills.
No site do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana poderá ser consultada toda a informação sobre a iniciativa, e conhecidos os candidatos à edição 2021, os vencedores das edições anteriores e o perfil dos membros do júri. 



 

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