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Mercado de escritórios em Lisboa continua a crescer

20 de Agosto de 2019 às 10:15:03

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Notícias

Os indicadores do mercado de escritórios em Lisboa continuam a apresentar sinais positivos, com 110 069 m2 de área colocada no primeiro semestre deste ano, o que traduz um crescimento homólogo de 27%.

Segundo a consultora imobiliária Worx, “a capital portuguesa manteve um volume de absorção superior à maioria das cidades europeias, nomeadamente, Paris, Berlim, Hamburgo, Barcelona, Madrid e Milão, sendo apenas ultrapassada pelas cidades de Roma e Bruxelas”.
De acordo com a mesma entidade, as praças de Paris, Londres, Munique e Amesterdão terão registado, no primeiro semestre de 2019, ligeiras descidas na área colocada, comparativamente ao período homólogo do ano anterior. A falta de espaços por ocupar nestas cidades e as incertezas levantadas pelo Brexit em Londres foram fatores que contribuíram para esta descida. As cidades de Berlim, Hamburgo, Madrid e Bruxelas foram aquelas onde se verificou um crescimento da área colocada mais significativo. Nesta última cidade, o setor privado teve um peso muito significativo na subida de mais de 125% da área colocada nos últimos 6 meses.
“Embora esteja longe do take-up destas últimas cidades assinaladas, o valor conseguido no primeiro semestre de 2019 em Lisboa é, ainda assim, um sinal muito positivo do dinamismo da capital portuguesa, que tem vindo a ganhar cada vez mais interesse e projeção internacional”, destaca a Worx.
À semelhança do ano 2018, as praças de Berlim (1,7%), Munique (2,2%) e Hamburgo (4,4%) registaram as mais baixas taxas de desocupação das cidades europeias consideradas neste relatório, estando praticamente sem espaços de escritórios disponíveis para arrendar. De forma similar a estas cidades, também Lisboa enfrenta o desafio de responder à escassez de áreas com dimensões procuradas pelas empresas. Por sua vez, são as cidades de Milão e Bucareste, com 10,2%, e Madrid, com 9,3%, que mantêm as taxas de desocupação mais elevadas dos países europeus considerados. 
Bucareste, Lisboa e Roma, foram as únicas cidades que registaram a variações positivas entre períodos homólogos. 


Procura e expansão vão manter-se

Londres foi a única cidade europeia onde se observou um recuo na renda prime, de 117,99€/m2/mês no primeiro semestre de 2018 para 115,43€/m2/mês no primeiro semestre do ano seguinte. Hamburgo, Milão, Roma e Barcelona viram as suas rendas prime subirem cerca de 2€/m2/mês, mas, de uma forma geral, as rendas prime do primeiro semestre mantiveram os valores do período homólogo do ano anterior ou subiram ligeiramente. Efetivamente, o aumento das rendas prime nas principais cidades europeias é sinal de uma procura ativa cujas variações observadas se devem a externalidades que, no computo geral, não foram significativas, pelo que a tendência de expansão ao longo deste ano é uma realidade.
Relativamente a Lisboa, prevê-se que se mantenha a continuidade de uma procura ativa a um ritmo constante no segundo semestre. “Com as oportunidades para escoar os espaços ainda vazios, a promoção de projetos com contratos de pré-arrendamento já celebrados é expectável que as prime rents sejam um espelho dessas tendências”, refere a Worx. 
Pedro Salema Garção, Head of Agency da consultora, refere que, “para além dos projetos em pipeline, nota-se que a reconversão de vários edifícios de escritórios para habitação estão a ser repensados novamente para o uso de escritórios e, até que essas novas áreas entrem no mercado, este segmento irá continuar na mira dos investidores, criando pressão nos espaços de escritórios existentes, reforçando assim a procura por novos espaços, de forma a satisfazer a procura”.

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