Diretor: José Tomaz Gomes | Editor: AECOPS
30 de Maio de 2018 às 15:48:52
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A reconversão do antigo Matadouro Industrial de Campanhã vai ficar a cargo da Mota Engil, anunciou esta semana a Câmara Municipal do Porto (CMP).
Foto: CM PORTO
O concurso lançado pela autarquia teve três concorrentes, mas a proposta vencedora foi a da Mota Engil, “que se propõe cumprir todos os requisitos do anteprojeto apresentado pelo Município do Porto”, lê-se na capa do jornal municipal “Porto”, citado pelo jornal multimédia JPN, onde se refere igualmente que o espaço que será usado para acolher empresas, mas também reservas de arte, museus, auditórios e projetos de coesão social, representa um investimento de quase 40 milhões de euros, totalmente suportado por privados.
O projeto de arquitetura é da autoria do arquiteto japonês Kengo Kuma, que projetou o estádio que abrirá os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020, em parceria com os portugueses OODA.
A decisão de reconverter o espaço do antigo Matadouro através de um processo concursal de concessão a ser lançado pela GO Porto foi tomada no ano passado.
A Mota Engil prevê construir “uma grande cobertura que, num só gesto, une o antigo, que será preservado, e o novo edifício de remate, assim como a passagem por cima da VCI. Todo o trabalho foi feito com o cuidado e sensibilidade de quem intervém em património histórico, mas pretendendo criar unidade e identidade. Estabelece assim um diálogo de escala com as grandes infraestruturas adjacentes e, através dos materiais, com o casario da freguesia da Campanhã”, lê-se numa nota disponível no site da autarquia portuense.
Intervenção é um “game changer”
O desenho da cobertura não só une todo o complexo, como através do seu movimento, sublinha as partes essenciais do programa, servindo como pontos de referência e orientação. A proposta cria um impacto visual único para quem atravessa a VCI e permite fazer com que a cidade ganhe elasticidade.
Conforme anuncia o artigo publicado no jornal “Porto”, a reconversão do Matadouro é o que se chama um game changer, ou seja, algo que pode servir como “um desafio à cidade ou, pelo menos, a uma boa e importante parte da cidade, mudando-a. Segundo a publicação da Câmara do Porto, o Matadouro, que articula com as acessibilidades criadas e para outras infraestruturas (as construções do Terminal Intermodal de Campanhã e da nova ponte que ligará a zona oriental a Gaia serão contemporâneas), pode servir como grande impulsionador económico, social, cultural e demográfico das freguesias mais orientais do Porto (Bonfim e Campanhã), mas será também um extraordinário polo dinamizador de toda a cidade. Com áreas para a instalação de empresas, mas também com museus (o Museu da Indústria, por exemplo), reservas de arte, auditórios, espaços expositivos e equipamentos sociais, o Matadouro “não é, contudo, a repetição do conceito de condomínio empresarial fechado como existe noutros locais, mas antes um espaço aberto e de passagem, ou seja, será parte da cidade.”
Um dos elementos fundamentais do projeto é a rua pedonal coberta, que o atravessa de ponta a ponta, ligando a um jardim suspenso sobre a VCI que dá acesso à Estação de Metro do Estádio do Dragão. “Este canal permitirá dar vida quotidiana ao espaço, introduzindo-lhe vivência de cidade e não fechando o ecossistema. Dito de outra forma, o Matadouro cria a grande rua coberta do Porto, a partir da qual se desenvolve uma cidade nova, capaz de servir como grande impulsionador da zona oriental”.
O concessionário, que será responsável por todo o investimento, fica obrigado a cumprir o programa delineado pela Câmara do Porto nos próximos 30 anos, findos os quais, o equipamento passará para o município. Nesse período, a Câmara do Porto também ocupará parte do Matadouro, onde desenvolverá a parte cultural e de coesão social associada.
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