A ser aprovada, a verba vinda de Bruxelas destina-se à execução das grandes obras estruturais contempladas no projeto, como a correção do Canal Navegável do rio Douro nos troços de Cotas-Valeira e Saião-Pocinho, num total de cerca de 24 km, (33,8 milhões de euros), e a reabilitação das cinco eclusas (21,6 milhões de euros).
“As obras de aprofundamento e alargamento do rio vão permitir aumentar a capacidade de calado das embarcações, aumentar o grau de segurança no tráfego, bem como possibilitar uma maior fluidez, uma vez que vai ser possível o cruzamento de embarcações onde de momento está interdito”, realçou a APDL.
Esta 3ª fase contempla ainda a instalação de ajudas e apoio à navegação (3 milhões de euros), que se traduz na instalação de sinalização com características compatíveis para os caudais do Douro, aumentando a fiabilidade de segurança do utilizador e dotando a Via Navegável do Douro (VND) de equipamentos de segurança.
Estas ações permitirão à VND colocar-se nos standards europeus de navegação em águas interiores, permitindo que o seu trafego seja efetuado ininterruptamente.
Recorde-se que a APDL já apresentou em Bruxelas os resultados da 1ª fase do projeto, na qual se desenvolveram todos os estudos e projetos necessários para as respetivas obras. A presença nesta sessão da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, que tutela a VND, reforça a importância deste projeto para a região e para o País.
Esta primeira fase foi comparticipada pelo CEF-T – Connecting Europe Facility for Transport – Call 2014, com um valor de investimento aprovado de 4,7 milhões de euros.
A 2ª fase (13 milhões de euros) tem ainda em curso dois grandes projetos: o Safer and Sustainable Acessibility e o River Information Services (RIS).
A execução destes projetos vai permitir a instalação de novos meios de comunicação (VHF e AIS) em toda a VND, e obter informações online de alguns aspetos importantes para a navegação, como cotas e caudais.
Permite ainda a instalação do Centro de Controlo à Navegação, na Régua, com redundância em Leixões, que irá possibilitar um maior apoio e controlo a todos os seus utilizadores, tanto no segmento turístico como comercial.
O projeto Douro’s Inland Waterway 2020 representa um grande desafio para a APDL, atendendo a que é um projeto estruturante, crítico e determinante para garantir o desenvolvimento sustentável do Douro e região circundante.
“Colocar a Via Navegável do Douro em patamares de qualidade e segurança de acordo com os standards exigidos a nível europeu no contexto da rede principal das RTE-T é o principal objetivo do projeto, que, além de reforçar o crescimento regional, contribuindo para a captação de fluxos turísticos e para o desenvolvimento da economia local, contribui ainda para uma alternativa de transporte sustentável e limpa”, salienta a APDL em comunicado.
Os comentários deste site são publicados após aprovação, pelo pedimos que respeitem os nossos Termos de Utilização.
O seu IP não será divulgado, mas ficará registado na nossa base de dados.
Por favor, não submeta o seu comentário mais de uma vez.