Diretor: José Tomaz Gomes | Editor: AECOPS
09 de Outubro de 2014 às 15:33:11
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A Parques de Sintra recebeu o prémio SIL do Imobiliário, na categoria “Reabilitação Urbana – Turismo”, com o projeto de remodelação da loja, restaurante e cafetaria do Palácio Nacional da Pena, concluído em abril de 2014.
A cerimónia de entrega decorreu na FIL (Feira Internacional de Lisboa), onde se encontra a decorrer o Salão Imobiliário de Portugal 2014.
Este reconhecimento destina-se a “premiar a qualidade e a inovação da atividade nos domínios da promoção imobiliária, do desenvolvimento urbano, das autarquias, das obras públicas, da habitação, do arrendamento, da construção sustentável, da reabilitação urbana, da eficiência energética e dos fundos de investimentos imobiliários em Portugal”.
A Parques de Sintra concluiu em abril de 2014 a remodelação da loja, do restaurante e da cafetaria do Palácio da Pena, resultado de um trabalho de 15 meses (10 meses de projeto e 5 meses de obra) e de um investimento de cerca de 750.000 Euros. A intervenção deu resposta ao aumento do número de visitantes do Palácio da Pena, que em 2013 recebeu cerca de 780.000 entradas (mais 8% que em 2012), bem como ao objetivo de acolher melhor os cidadãos com mobilidade condicionada.
Este aumento do número e diversidade dos visitantes do Palácio exigiu o redimensionamento e modernização das infraestruturas de acolhimento ao público - em particular, a loja, o restaurante e a cafetaria existentes, de forma a otimizar o desempenho funcional e comercial destes espaços. Assim, “o projeto de remodelação desenvolvido pela Parques de Sintra procurou dar resposta às novas solicitações de um turismo de grande escala, com um padrão de consumo rápido e habituado a uma disponibilização imediata de serviços e produtos de qualidade”, explica a empresa em comunicado.
Procurou-se agilizar as circulações de serviço e de público, em cada piso e entre eles, melhorando a integração entre a visita turística e as zonas de restauração e lojas; privilegiar o desempenho funcional dos serviços; e conferir aos espaços uma imagem simples e contemporânea. Esta foi também uma oportunidade para rever as instalações sanitárias e técnicas, os equipamentos e os espaços de apoio à restauração (cozinha e copas), face às atuais exigências funcionais e normativas.
A loja, restaurante e cafetaria, situam-se num volume quase autónomo face ao corpo do Palácio, constituído por cave, dois pisos e cobertura em terraço, na qual se localiza um pequeno corpo anexo à Cozinha Real.
Uma ligação entre os três pisos, a partir da loja, constituiria uma importante melhoria nas condições de acessibilidade aos terraços localizados no piso térreo do Palácio, como alternativa ao íngreme percurso ascendente.
Neste contexto, o projeto incluiu a criação de acessos diretos entre os três pisos por dois novos canais: pelo prolongamento, do lanço de escadas já existente e através da introdução de um elevador público, dimensionado para um passageiro em cadeira de rodas e um acompanhante, percorrendo os três pisos comerciais.
Relativamente à loja, a nova organização do espaço pretendeu facilitar a sua perceção global e a identificação imediata das necessidades dos visitantes (produtos, instalações sanitárias, informações, etc.). A reorganização dos espaços, que incluiu a demolição de paredes divisórias não originais (provenientes da anterior intervenção) e a relocalização das várias áreas funcionais, permitiu aumentar a área de exposição de produtos para venda, reforçar a fluidez da circulação e valorizar a arquitetura original do espaço.
No restaurante, a intervenção destinou-se também a desobstruir o espaço e a melhorar a capacidade de acolhimento e atendimento neste local. A reformulação da zona de atendimento visou a sua adaptação a um tipo de serviço de buffet assistido. No que diz respeito ao balcão, foi executado com madeira de kambala reaproveitada de um antigo painel existente no restaurante. Foram também recuperados diversos painéis de cobre de revestimento de prateleiras e reintegrados no novo mobiliário.
A inclusão de instalações sanitárias no piso do restaurante, anteriormente inexistentes, trouxe maior comodidade aos visitantes, que já não precisam de se deslocar ao piso inferior, como anteriormente. A cozinha foi reformulada para acomodar os novos elevadores e as instalações sanitárias e foi adaptada aos novos requisitos legais e equipamentos a introduzir. Optou-se também por um sistema elétrico de alimentação dos equipamentos, em detrimento do gás, minimizando o risco de incêndios e explosões.
A cafetaria foi reformulada para acomodar o novo acesso por escada aos pisos inferiores e, também, para a implementação de um novo tipo de serviço de self-service.
Ao nível da revisão das infraestruturas, privilegiou-se a poupança energética, sendo exemplo disso o sistema de geração de energia que os elevadores utilizam para seu próprio consumo, no qual a energia gerada na descida é utilizada diretamente no seu funcionamento (iluminação, ventilação e som). As luzes e o sistema de ventilação dos vários espaços são controlados por relógio, de forma a desligarem-se quando não estão a ser utilizados, o que, associado à tecnologia LED implementada na grande maioria das fontes de iluminação resulta em consumos energéticos inferiores aos sistemas convencionais. Outra das inovações implementadas prende-se com o sistema de reaproveitamento de água: a água dos lavatórios é encaminhada e reutilizada nas descargas dos autoclismos.
Esta renovação integral das instalações elétricas e mecânicas dos espaços comerciais insere-se num projeto mais amplo que a Parques de Sintra iniciou em 2012, de revisão das infraestruturas de todo o Palácio.
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