Diretor: José Tomaz Gomes | Editor: AECOPS
10 de Julho de 2014 às 11:23:22
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Com um andamento menos desfavorável do que em meses anteriores, mas ainda assim com uma quebra significativa dos indicadores associados à sua evolução, o setor da Construção manteve-se, no início de 2014, em terreno negativo.
No entanto, a melhoria do quadro macroeconómico, as perspetivas de crescimento do PIB e da atividade económica e, ainda, a necessidade de acelerar a execução do QREN 2007-2013 fazem confiar num desenvolvimento positivo do Setor durante o último semestre do ano, por via, sobretudo, do segmento Não residencial e da Engenharia Civil.
De acordo com a mais recente análise de conjuntura da FEPICOP- Federação Portuguesa da Indústria da Construção, nos primeiros quatro meses do corrente ano, e em termos homólogos, o licenciamento habitacional caiu 14% (-34% em 2013), a área licenciada 15% (-30% em 2013) e também as licenças emitidas para reabilitação regrediram 3,7% (-23,5% em 2013).
Contudo, os dados conhecidos para o primeiro trimestre de 2014 apontam para um aumento da área licenciada para a construção de Edifícios Não Residenciais, com destaque para os espaços industriais, com fins comerciais e para a agricultura, na ordem dos 26%, em forte contraste com a quebra anual de 5% registada no total de 2013.
No segmento da Engenharia Civil salientam-se igualmente os crescimentos homólogos trimestrais de 61,3%, observado no montante das obras lançadas a concurso, e de 16,8%, verificado no valor dos contratos celebrados, após o decréscimo anual de 20% apurado no valor global dos concursos adjudicados em 2013.
Por seu turno, no primeiro trimestre de 2014, a Construção empregava apenas 278,7 mil trabalhadores, o que representava somente 6,3% do emprego total nacional, ou seja, menos 0.1 pontos percentuais do que o constatado no final do ano passado.
Também as dificuldades financeiras das empresas do Setor continuam a fazer-se sentir, sendo disso sinal tanto a quebra homóloga de 13,3%, registada no final de março, no montante do crédito bancário concedido à Construção, como o aumento do peso do mal parado - de 20,3%, em março de 2013, para 25%, em março de 2014 - no valor total do crédito concedido ao Setor.
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